Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Justiceiros de Deus

...Nós temos uma lei e,
segundo a nossa lei, deve morrer...
- Fariseus e Cia -

Eles estão em todos os lugares, são bem definidos, fazem questão de vestirem-se diferentes [em muitos casos, autoridade style], suas saudações são bem conhecidas, suas declarações variam entre materializações do invisível, ostentação de falsa santidade, palavras de juízo e silêncio [olhar] assolador [que consegue ainda ser pior que as palavras de juízo]. Intitulando-se arautos de Jesus e com o livro de capa preta na mão [denominado de espada, quem dera fosse só isso, faria menos mal], saem por aí em grupos ou mesmo a sós, e podem ser encontrados em suas reuniões [quartéis-militares-gospel] onde recebem suas palavras de ordem, são submetidos a horas de tortura psicológica e aprendem a torturar [pisar, queimar, amarrar, humilhar, expulsar e por aí vai...] o inimigo [que pode ser de carne e osso ou não], a matar e condenar sem remorso algum [as instruções são as mais variadas possíveis, cada uma com um fim proveitoso próprio].

Munidos de todos esses aparatos estão sempre com o bom intuito [pasmem] de ganhar as pobres almas perdidas, para um tal reino de deus que acreditam pertencer e servir. Sem conhecer os escritos [na realidade Espírito e vida], e o dono do livro que é Senhor do Reino [pois só a letra é letal, mata mesmo] são capazes dos piores absurdos em nome do que chamam de fé, dizendo-se seguidores de Jesus, demonstram que dele não conhecem nem a história, pois se algum dia tivessem atentado para algumas das mais simples declarações [que foram vividas e ensinadas na prática por ele] do “mestre” seriam capazes de entender o que ele quis dizer quando falou “Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes, porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento”.

Cheios de justiça própria, juízos, condenações, separações, méritos filiais, obras sem amor, mostram-se fanáticos-religiosos [justiceiros implacáveis] e assumem a figura da própria divindade na terra, com poderes metafísicos e transcendentais de tele transportar [verdadeiros jumpers-gospel] para o céu ou para o inferno [capturam, julgam e condenam] numa sucessão de espaço e tempo que ignora qualquer lei científica conhecida ou não. Totalmente equivocados quanto ao que chamam de “missão” [parece mais coisa de Juiz Dredd] deixam seu rastro de dor, decepção, indignação, ódio, lágrimas e morte espiritual, em todos que puderem se aproximar e subjugar, tudo em nome da sua lei.

Para os tais deixo a pergunta do próprio Jesus: “Vós não sabeis de que espírito sois?” e sua sublime declaração: “Porque o Filho do homem não veio para [destruir] as almas dos homens, mas para [salvá-las]” ficai certos de que a libertação do espírito maldito do juízo baseado no conhecimento do bem e do mal [herança des-graçada trazida lá do éden, por causa da desobediência] é segundo a graça, misericórdia e perdão providenciadas pelo próprio Cristo, e que todos aqueles que simplesmente crêem em Jesus, recebem a remissão dos pecados e a reconciliação com Deus [inclusive os justiceiros, que julgam não precisar de remissão] e isto está muito além dos critérios humanos estabelecidos, “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé”.
Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da [lei do pecado e da morte].

Portanto para os tais justiceiros fica a sentença [infligida a eles por eles mesmos] da verdade eterna: “Portanto, és inescusável [sem desculpa] quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo”.

O Espírito sopra aonde quer e onde ele soprar sempre haverá, graça, justiça [misericórdia e perdão] liberdade, vida e paz.

Graça e paz.

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