“Bem-aventurados os limpos de coração porque eles verão a Deus“ - Jesus, O Cordeiro de Deus -
Nunca havia conseguido entender as declarações de Jesus no sermão do monte como sendo para os dias de hoje, isso porque aprendi de uma forma absurdamente estúpida a viver uma cultura da alma que transcende a vida, não levando em conta a realidade do ser humano e da vivência comum, como se todas as coisas relativas à existência terrena fossem pecaminosas e impraticáveis. Viver a vida na cultura “mística” da alma ignora totalmente a realidade de um Deus que se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e verdade, e vai contra a simplicidade da vida e ensinos do meigo nazareno, que em nenhum momento se objetou das coisas simples e frugais da vida, limitando se a fazer imitações das asceses João Batisticas.
Entender o ver Deus ainda nessa terra observando os ensinamentos diários de Jesus é um tanto absurdo para quem ainda não conseguiu perceber a essência reconciliadora do Reino, que se expressa na realidade de que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados”. Não adianta se esparramar em lágrimas nos guetos institucionais dizendo querer um coração igual ao do mestre, se meus olhos ainda estão contemplando a imagem de Deus como imundície do mundo. Há um desejo insano de tocar Deus, de buscar Deus, de caçar Deus, de receber poder de Deus, mas não há desejo de abraçá-lo, de amá-lo, de acolhê-lo, de vesti-lo, fazendo isso como Jesus fez; ao próximo, onde Ele se revela. É ao estigmatizado, é ao desvalido, ao marginalizado, ao simples que não poderia receber o nome de pobre, porque qualquer um a todo instante é tratado assim quando em desacordo com as demandas religiosamente pedradas.
Aqueles que esperam ver Deus somente em uma esfera superior, “em um céu branco com vestes brancas de brancas coisas” como algo transcendente e incomum coberto de glória e mantos esvoaçantes, terão a decepção apostólica de Felipe na resposta de Jesus; estou há tanto tempo convosco e não me tendes conhecido? Serão cobertos de pesar e vergonha como na poesia do Deus Negro de Neimar de Barros, quando tiverem que contemplar a face do mestre como a face do bêbado, do pobre, do vizinho, do homossexual, da prostituta, do ladrão, do assassino, do afastado institucional e muitos outros, que sem misericórdia foram lançados no mais profundo abismo da exclusão. Queres ver Deus? Há vagas para os limpos de coração que aceitarem que Deus está em todos, em tudo, e mesmo assim, ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Nunca havia conseguido entender as declarações de Jesus no sermão do monte como sendo para os dias de hoje, isso porque aprendi de uma forma absurdamente estúpida a viver uma cultura da alma que transcende a vida, não levando em conta a realidade do ser humano e da vivência comum, como se todas as coisas relativas à existência terrena fossem pecaminosas e impraticáveis. Viver a vida na cultura “mística” da alma ignora totalmente a realidade de um Deus que se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e verdade, e vai contra a simplicidade da vida e ensinos do meigo nazareno, que em nenhum momento se objetou das coisas simples e frugais da vida, limitando se a fazer imitações das asceses João Batisticas.
Entender o ver Deus ainda nessa terra observando os ensinamentos diários de Jesus é um tanto absurdo para quem ainda não conseguiu perceber a essência reconciliadora do Reino, que se expressa na realidade de que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados”. Não adianta se esparramar em lágrimas nos guetos institucionais dizendo querer um coração igual ao do mestre, se meus olhos ainda estão contemplando a imagem de Deus como imundície do mundo. Há um desejo insano de tocar Deus, de buscar Deus, de caçar Deus, de receber poder de Deus, mas não há desejo de abraçá-lo, de amá-lo, de acolhê-lo, de vesti-lo, fazendo isso como Jesus fez; ao próximo, onde Ele se revela. É ao estigmatizado, é ao desvalido, ao marginalizado, ao simples que não poderia receber o nome de pobre, porque qualquer um a todo instante é tratado assim quando em desacordo com as demandas religiosamente pedradas.
Aqueles que esperam ver Deus somente em uma esfera superior, “em um céu branco com vestes brancas de brancas coisas” como algo transcendente e incomum coberto de glória e mantos esvoaçantes, terão a decepção apostólica de Felipe na resposta de Jesus; estou há tanto tempo convosco e não me tendes conhecido? Serão cobertos de pesar e vergonha como na poesia do Deus Negro de Neimar de Barros, quando tiverem que contemplar a face do mestre como a face do bêbado, do pobre, do vizinho, do homossexual, da prostituta, do ladrão, do assassino, do afastado institucional e muitos outros, que sem misericórdia foram lançados no mais profundo abismo da exclusão. Queres ver Deus? Há vagas para os limpos de coração que aceitarem que Deus está em todos, em tudo, e mesmo assim, ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário