Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

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terça-feira, 22 de junho de 2010

A [Graça] da Copa

Para mim sempre foi muito interessante observar as “intricissitudes” e construções das pessoas que me cercam, e poder perceber o quanto o ser humano é impressionante em todas as suas variações, percepções e aprendizados. Por exemplo; eu nunca tive incentivo do meu pai quanto ao futebol, nunca assisti aficionadamente pela TV e nunca tive a paixão da molecada em correr atrás da bola na rua. Isso sempre me foi indiferente, nunca perco horas de nenhum dia da semana na frente da TV para assistir jogo algum, também nunca me posicionei a ser torcedor de nenhum time [eita, ET futebolístico, rsrs], atribuo isso totalmente a minha construção não futebolizada na infância.

Porém hoje com meus 30 e poucos anos, vivendo como essa metamorfose ambulante na ruminação dos pensamentos reflexivos, vejo o valor desse momento chamado copa, que mesmo não conseguindo inflar meu coração de paixão para torcer euforicamente, consegue me arrastar para frente da TV em uma expectativa [estranha a mim] de resultado positivo. Mas, ainda não é isso que quero frisar, quero fazer notório o bem que esse momento causa as pessoas, não quero aqui especular nenhum outro tema que não seja o que proponho como Graça.

A união da vizinhança na ornamentação das ruas sempre me chama atenção, fico maravilhado com a mobilização, criatividade e com as contribuições financeiras pela causa da copa, uns fazendo o recolhimento do dinheiro de casa em casa e contabilizando, outros cortando o material ao passo que outros vão amarrando, outros vão olhando, analisando e verificando os melhores locais para amarrar, altura, fiação elétrica etc. Sem falar na maravilhosa comunhão do comer e beber na casa do outro, sempre com muita alegria e divertimento.

A copa consegue unir pessoas em um só pensamento, um só coração, um só desejo, um só grito, uma só cor [ou cores], uma só raça, uma só vibração. Na copa todo mundo é brasileiro, até quem não é de nação torna-se de coração. E mesmo que de quatro em quatro anos, seja abençoado esse período onde todo homem dá as mãos e todos são iguais, e pelo futebol são irmãos. Pois eu creio que assim como eu percebo isso, também sei que essa é a realidade, no futebol ou não, somos isso sim, todos irmãos, um só pai, uma só nação, um só povo, amados e agraciados pelo amor D’aquele que está em tudo e que fez como bola o formato do nosso mundo.

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