Somente como a chuva
Ontem à noite eu olhava a chuva
O jeito que ela tocava o chão, a maneira firme como caía
O som incomum que só ela faz
A simplicidade da chuva me fascinou
Pois ela é somente o que é, A chuva
Ainda que a denominemos como fina, forte, com ventos,
Passageira, de verão ou de inverno
Nela não há pretensão ou desejo algum, ela simplesmente é
Não precisa avisar quando chega e nem quando cessa
Não precisa se aperceber em fortaleza ou fraqueza
Somente cair e seguir
Sem destino ou vontade de ir ou ficar
Ainda que inventemos meios de contê-la, ao fim não poderá ser contida
Voltará ao céu, invisível, evanescente, sem cor, sem cheiro, sem mágoas ou culpas
Livre como o vento
E subitamente como começou, ela cessou
Não sei quanto tempo durou
Também não importa
Porém ao ir-se, deixou em mim um desejo e uma forte vontade
De ser somente como a chuva.
A chuva é simples e eficaz no que se propõe.
ResponderExcluirGostei do texto.
Segundo o Hugo, vc é um cabra da melhor qualidade e acredito nele.
Abraços
Que lindo Renato!
ResponderExcluirGostei...vejo que és poeta
=)
Obrigado Dri, é sempre uma felicidade ter você por aqui, o Hugão é uma autarquia kkk, gente boa mesmo, do coração. Abraço.
ResponderExcluirRô querida, fico feliz que tenhas gostado, não me considero tão poeta assim, "eu sou um poeta e não apredí a amar" estou aprendendo a amar. Bjão.
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