Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

UM TOLO COMO EU

Pelo que aprendi dos filósofos, de alguns poucos que conheço, IGNORANTE é quem não se conhece e ESCRAVO, quem não domina a si mesmo.
Eu, aqui na minha vã filosofia, ouso introduzir outro alguém, o TOLO, aquele que se instala na inarredável teimosia, que não muda, que novos rumos não estabelece e que não dança conforme a mudança, quando isso acontece e que não muda seu ponto de vista mesmo quando seu modo de ver precisa de novas lentes.
O tolo sou eu, embora agora menos tolo, por conhecer-me em minha própria tolice, já que nesse compasso faço um giro e dou um passo.
E assim, mesmo um pouquinho, me auto-conheço. É que sou escravo e desconheço, os grilhões que me prendem à minha própria burrice, por não aplicar-me espontaneamente nas coisas sábias que eu aprendo de tudo e de todos.
Sei que pensando assim dou um passo adiante, pois de vez em quando me repreendo por ser ignaro em não conhecer-me e por tornar-me escravo ao prender-me aos laços que me amarram a mim mesmo.
Sim, sei que sou tolo, por insistir.
E teimoso, por não admitir, que sou eu mesmo meu carcereiro nessas prisões onde me prendo.
E quando, por não insistir e não me corrigir diligentemente, não aprendo e sábio não me torno. E continuo nos altos e baixos do meu existir, apesar do tanto que me arrependo.

Mino

The Mino Times – Todos os sábados no Caderno 3 do Diário do Nordeste .

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