Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

Páginas

segunda-feira, 14 de março de 2011

MULHERES

Os cartazes de rua (out door) mostram belas mulheres, deitadas, sentadas, bum-bum pra baixo, bum-bum pra cima, que até parecem olhar diretamente pra gente. Às vezes a gente não consegue nem ver o nome do produto que na verdade estão anunciando. E aí vem aquela impressão de quem estão vendendo mesmo é a mulher. Mas não faz mal.
A comunicação está certa. Nenhum produto é melhor ou mais bonito que a mulher. Nenhuma obra humana superou a beleza feminina. Nosso design tem sido como a nossa vão filosofia. Não consegue superar as formas de uma bela mulher.
Para rivalizar com elas só o mar com todas as suas águas, o céu com todas as suas estrelas e a terra com todas as suas paisagens.
Por mais beleza que se encontre no galope de um cavalo, na mimosura de um coelhinho, na graciosidade de uma gazela ou no vôo de um pássaro, se um homem estiver entre tudo isso sem ela, a mulher, a solidão é completa.
Por isso é que enfeitamos as capas das revistas, as propagandas da TV e os grandes cartazes, com elas.
Gordinhas, magrinhas, mimosas, formosas, ou famosas, com ou sem dor-de cabeça, não é bom que o homem esteja só.
Por isso é que admiramos tanto as montanhas, serras, rios, desertos, dunas, planaltos e planícies, pois tudo nos lembra as formas delas.
E as velhinhas? Cheias de ruguinhas? Com seus corpos curvados, cabelos brancos, dentes muitas vezes ausentes? Continuam belas em formas diferentes, pois não teriam sido elas as musas que inspiraram o outono?
Mulheres ... que estão em casa, nos altares, nas capas e nos cartazes, ilusórias ou virtuais, pura realidade ou miragem, elas são a nossa paisagem.

Mino

The Mino Times – Todos os sábados no Caderno 3 do Diário do Nordeste .

Nenhum comentário:

Postar um comentário