O papagaio falava pelos cotovelos.
Assobiava, imitava outras aves, cantava como galo e latia como cachorro. O homem nem pensou duas vezes e pagou sem regatear.
Porém, quando chegou em casa, ficou mudo como uma pedra e seu novo dono após uma semana voltou à loja para reclamar.
- Ele é assim mesmo! Disse-lhe o antigo dono. Às vezes passa um tempão sem falar nada, só prestando atenção. Além do mais tem que contar com a mudança de ambiente... Os papagaios mais sensíveis são assim.
O homem voltou convencido a esperar mais um pouco pela adaptação da ave.
Meses depois viu esgotada sua paciência.
O papagaio além de não emitir um som, não aprendia nada, nem a dar com o pé como todos os papagaios fazem e ainda beliscava o dedo do seu já impaciente dono.
Calado, o papagaio quase também não se mexia. Não tinha aquele ia e vinha que todo papagaio tinha e alguém até já havia perguntado se era uma ave empalhada, um enfeite ou coisa assim.
Um dia, seu dono, bebendo com alguns amigos, ficou extremamente irritado quando um deles a título de brincadeira sugeriu-lhe que inscrevesse o seu papagaio no Guiness, como o mais calado do mundo.
Mais tarde, quando a cachaça realmente já havia subido pra a cabeça logo após ter descido pra barriga, desprendeu o papagaio da corrente que o prendia pelo pé e deixou-o soltinho da silva. A ave não se fez de rogada e vendo-se libertada, alçou um esperto vôo, alcançando de imediato uma boa distância, pousando no alto da copa de uma grande árvore daquelas imediações.
Um velho urubu que por ele sempre passava e o conhecia de vista perguntou-lhe:
- Como conseguiu fugir, meu caro amigo? Geralmente os papagaios nunca fogem, e posso dizer-lhe que em todos esses anos que venho urubuservando essas regiões, você é o primeiro que vejo livre e solto desse jeito!
- Muito simples, Sr. Urubu! Nunca ouviu dizer que em boca fechada não entra mosca? Pois bico fechado é melhor ainda. Realmente o silêncio é precioso. E as vezes melhor fala quem se cala!
- Valeu, meu chapa! Exclamou o urubu. - E essa pode ser perfeitamente a moral dessa fábula. “Melhor fala, quem se cala”.
Assobiava, imitava outras aves, cantava como galo e latia como cachorro. O homem nem pensou duas vezes e pagou sem regatear.
Porém, quando chegou em casa, ficou mudo como uma pedra e seu novo dono após uma semana voltou à loja para reclamar.
- Ele é assim mesmo! Disse-lhe o antigo dono. Às vezes passa um tempão sem falar nada, só prestando atenção. Além do mais tem que contar com a mudança de ambiente... Os papagaios mais sensíveis são assim.
O homem voltou convencido a esperar mais um pouco pela adaptação da ave.
Meses depois viu esgotada sua paciência.
O papagaio além de não emitir um som, não aprendia nada, nem a dar com o pé como todos os papagaios fazem e ainda beliscava o dedo do seu já impaciente dono.
Calado, o papagaio quase também não se mexia. Não tinha aquele ia e vinha que todo papagaio tinha e alguém até já havia perguntado se era uma ave empalhada, um enfeite ou coisa assim.
Um dia, seu dono, bebendo com alguns amigos, ficou extremamente irritado quando um deles a título de brincadeira sugeriu-lhe que inscrevesse o seu papagaio no Guiness, como o mais calado do mundo.
Mais tarde, quando a cachaça realmente já havia subido pra a cabeça logo após ter descido pra barriga, desprendeu o papagaio da corrente que o prendia pelo pé e deixou-o soltinho da silva. A ave não se fez de rogada e vendo-se libertada, alçou um esperto vôo, alcançando de imediato uma boa distância, pousando no alto da copa de uma grande árvore daquelas imediações.
Um velho urubu que por ele sempre passava e o conhecia de vista perguntou-lhe:
- Como conseguiu fugir, meu caro amigo? Geralmente os papagaios nunca fogem, e posso dizer-lhe que em todos esses anos que venho urubuservando essas regiões, você é o primeiro que vejo livre e solto desse jeito!
- Muito simples, Sr. Urubu! Nunca ouviu dizer que em boca fechada não entra mosca? Pois bico fechado é melhor ainda. Realmente o silêncio é precioso. E as vezes melhor fala quem se cala!
- Valeu, meu chapa! Exclamou o urubu. - E essa pode ser perfeitamente a moral dessa fábula. “Melhor fala, quem se cala”.
Mino
Fábulas MINOritárias
The Mino Times - Todos os sábados no Caderno 3 do Diário do Nordeste .
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